Aspirantes do 1º, 2º e 3º anos da Escola Naval voltaram ao Rio de Janeiro, no dia 30 de janeiro, após participarem da Operação “Aspirantex 2020”. Ocorrida anualmente, a comissão este ano teve um diferencial: aconteceu concomitantemente com a 3ª fase da Operação “Amazônia Azul – Mar Limpo é Vida!”, que vai até o dia 19 de fevereiro e é responsável pelo monitoramento e contenção dos efeitos causados pelas manchas de óleo que atingiram mais de 4 mil quilômetros do litoral brasileiro.
Durante toda a operação, os aspirantes foram inseridos na rotina dos navios e da tripulação. Ao todo, 244 aspirantes estiveram embarcados em navios da Esquadra Brasileira durante 21 dias de missão, acompanhando de perto a vida de um oficial embarcado.
Alguns deles tiveram também a oportunidade de voar durante exercícios aéreos. O Grupo-Tarefa foi composto por 11 navios – incluindo o Capitânia da Esquadra, o Porta-Helicópteros Multipropósito “Atlântico” – 13 aeronaves e 2,9 mil militares. “Para essa operação, a Esquadra colocou tudo que ela tem de melhor”, disse o Comandante em Chefe da Esquadra, Vice-Almirante Mello. Foram empregados, ainda, contingentes de Fuzileiros Navais e de Mergulhadores de Combate.
Mais de cem exercícios navais, de caráter estritamente militar, foram realizados e acompanhados atentamente pelos aspirantes, dentre eles, Transferência de Carga Leve, Transferência de Óleo no Mar, Manobras Táticas, Fast Rope, Tiro Antiaéreo sobre Granada Iluminativa, Tiro de Superfície sobre o alvo Killer Tomato, assim como outras simulações de ataque aéreos, de superfície e de submarinos.
Além de participar dos diversos exercícios realizados a bordo, os aspirantes acompanharam serviço com oficiais de diferentes estações de bordo, como passadiço e Centro de Operações de Combate, e assistiram a palestras ministradas por oficiais do navio e destacados, de diferentes Corpos e habilitações, que apresentaram suas experiências na carreira. Para o Comandante da 1ª Divisão da Esquadra, Contra-Almirante Kerr, a “Aspirantex” atingiu seu objetivo de promover a familiarização dos aspirantes com a vida no mar.
“Tivemos a oportunidade de mostrar aos aspirantes um exemplo bem real de como é a vida de um oficial embarcado, tenho certeza que eles vão sair daqui muito bem capacitados”, afirmou. Nessas ocasiões, principalmente os aspirantes do 2º ano, que fizeram a opção de Corpo e habilitação durante a “Aspirantex”, aproveitaram para esclarecer dúvidas a respeito de cada campo específico de atuação.
Chefe de classe, o aspirante Silva Bauer, aproveitou todos os minutos a bordo para balizar sua escolha no Corpo da Armada e habilitação em eletrônica. Durante boa parte da comissão esteve no COC ou no passadiço, atento a todos os comandos. “Vejo no eletrônico um militar com muita responsabilidade, como o Chefe de Operações do navio, considero uma função muito valiosa. É, com certeza, o que mais me identifico”, concluiu.